Visita de Estado

Jacob Zuma realizou na passada quinta e sexta-feira a sua primeira visita de Chefe de Estado como presidente da África de Sul.

O feliz contemplado foi como não podia deixar de ser o país africano que anda nas bocas de todo mundo neste momento; Angola.

Os dois mestres de cerimónia assinaram um acordo do domínio energético.

Enquanto decorria a visita, durante mais de 2 semanas o satélite de comunicações e o cabo de fibra que estabelece as ligações nomeadamente para Angola, Namíbia e alguns outros Palop´s esteve fora de serviço.

O congestionamento, falha de rede, ruídos, não ligação, foi uma constante durante este tempo; visto que todos partilham o mesmo servidor; se bem que para o bom cidadão Angolano isto já seja pão-nosso do dia a dia.

Mas como eu costumo afirmar, para mim podem ficar com as infra-estruturas as escolas, os hospitais, tudo o resto a mim sinceramente bastava-me que construíssem esgotos.

Esgotos nas estradas para escoamento das águas das chuvas, porque somente que vive em Angola sabe como fica impossível transitar em Luanda ou em qualquer outro lugar desse pais na época das chuvas.

Esgotos para a população, sim é difícil senão mesmo muito difícil, isso acontecer; por acaso sabem quanto custa cavar um fosso de dejectos em Angola!

Então com este cenário em que as necessidades dos mais influentes têm prioridade, não sabemos quando isso será realizado; já estou a divagar; Ok, voltando ao tema principal Zuma e ZÉ Du como não podia deixar de ser; realizaram acordos entre as duas empresas de ouro negro, nomeadamente a Sul Africana Petro SA e a Angolana

Sonangol, para exploração, refinaria e distribuição do petróleo.

Não é que eu esteja desprezando as outras necessidades da população, porque em Angola a saúde é um problema muito grave e a educação também da população e uma prioridade.

Uma população sem educação não sabe quais são os seus direitos e não sabe reivindica-los, aliais convém aos governantes é aos seus companheiros externos que a respectiva população seja iletrado porque assim é mais fácil controla-la, explora-la é engana-la com algumas festas, propagadas ou seja satisfação rápida sem duração nem lucros, objectivos futuros, tudo pensado para a satisfação momentânea.

Por isso concentram-se nas grandes empresas petrolíferas, que dão lucro somente para as poucas elites.

Quem tenta de alguma forma entrar ou quebrar este círculo vicioso das grandes famílias que controlam tudo desde as telecomunicações, politica, comercio etc., desaparecem ou simplesmente são chamados aparte é aconselhados a retirarem-se.

Por isso esta visita de Zuma e os acordos celebrados entre os dois homólogos não vão trazer benefícios para a população em geral, vão sim encher mais ainda os cofres daqueles que todos nos sabemos que são, mas que não nos atrevemos a dizer o nome ou apontar o dedo.